Como está sua sala?
Você acha que estão faltando brinquedos, ou os brinquedos já não são mais interessantes para as crianças?
Você acha que isso está atrapalhando seu cotidiano escolar?
Sei que existe uma verba escolar que é destinada à compras de brinquedos.
E claro, a direção precisa estar atenta a esse setor que é muito importante.
Mas às vezes, como professoras, não sabemos exatamente o porque eles não estão sendo comprados.

Publicidade:



Não quero aqui justificar, mas sei que existem problemas e problemas. 
Cada escola sabe das suas dificuldades.
Mas eu acho que não vale dizer que não dá pra fazer um bom trabalho porque estão sem brinquedos. (Essa é uma fala comum no ambiente escolar.)

Mas calma meus amigos!



Qual é uma das principais características do professor atual?
Criatividade não é mesmo?
E ser proativo, solucionador de problemas?
Quando escolhemos essa profissão, não devemos esperar trabalhar somente na escola ideal, com alunos ideais e com tudo perfeito.
Como colocar em prática as nossas habilidades de resolver situações?

Pois é!
Vamos ver algumas ideias bem legais para colocar em prática.

Pipas de papel

A brincadeira mais simples e mais fácil do mundo. 
Leve folhas para o parque. Pode ser jornal, sulfite ou outro papel que tenha. Um barbante ou outro fio que sirva de linha e uma tesourinha. Pronto!
Dobra a folha em três partes iguais. Depois abra. Faça um furo no meio e amarre a linha. Comece a correr no parque e suas crianças ficarão enlouquecidas, querendo uma pipa para eles também.
As coisas mais simples são as mais encantadoras. Isso ainda estimula a criatividade das crianças e ajuda a reciclar.
Não é isso o que tanto queremos quando tentamos montar projetos mirabolantes e quebrando a cabeça por aí?
E mais um detalhe: Faça a pipa no parque JUNTO com as crianças. Eles ficarão encantados.

Caixas de papelão

Pode distribuir várias e deixar que as próprias crianças criem a brincadeira, ou você pode dar ideias de como brincar. Olhem a simplicidade dessa foto do blog TEMPO JUNTO.

  

Mais uma vez a simplicidade com diversão garantida.

Bolas de meia

Sim a velha e simples bola de meia.
Peça as meias velhas aos pais. Todo mundo tem aquela meia sem par em casa.
Colocando uma dentro da outra e fazendo uma costura simples, a alegria das crianças está garantida.

Outros brinquedos elaborados (ou não tão elaborados assim)

Já ouviu falar em brinquedos não estruturados?
De uma forma muito simples e resumida, são elementos da natureza utilizados para brincar e transformar no que a imaginação desejar.
É realmente aquele resgate de brinquedos que usávamos na nossa simples, mas rica infância.
Olhe essa brincadeira postada na VIDA DA ROÇA.


Já brincou dessa forma? 
Quais elementos elaborados ou comprados em lojas caríssimas você vê nessa foto?
Nenhum não é mesmo?
Juntando coisas que podem estar no quintal, pegando aquele talher velho que a mãe não usa mais, a criatividade rola solta. 
A comidinha é a própria folhagem da árvore ou sementinhas que estavam no chão.

Mais inspiração

Dê uma olhada nesses links.




São ideias extremamente simples e inspiradoras. 
Tenha a preocupação não apenas de juntar esses materiais mas também distribuí-los de uma forma bonita, harmoniosa e convidativa para as crianças.

Inspire-se, divirta-se e aguarde até que os brinquedos comprados pela escola cheguem.

Espero que tenha gostado das ideias e que ajude a trazer muitas outras ideias para as crianças.


Grandes Abraços,
Lu Fernandes Pedagoga







Sempre trabalhei com educação infantil. 
Nesse fim de semana, fazendo uma caminhada por bairros próximos à minha casa, encontrei vários ex-alunos que hoje estão adolescentes ou adultos. Alguns já tem filhos, imagine só!
Quantas recordações...
Comecei a pensar nas turmas que tive em todos esses anos.
Interessante que todas as turmas tem algumas características em comum. 
Talvez (quase certeza) que você se identifique também. Vamos ver?


A criança quietinha

Essa criança geralmente não dá "trabalho" para os professores. 
Alguns até dizem: "Se todas as crianças fossem assim..."
Mas é muito importante observar se é uma criança que interage bem com as outras, se brinca, pois também é importante respeitar o jeito de ser de cada criança.
Mas temos duas coisas para observar:
Muitas vezes essa criança é a que mais precisa de nossa atenção. 
Ou então às vezes já colocamos rótulos dizendo que a criança tem dificuldades de socialização.
O importante é fazer uma observação séria para não levar nem à um extremo nem à outro.

A criança que chora muito

Dependendo da idade isso não é normal. Chora por tudo.
Se quer algo, chora.
Se não consegue fazer algo, chora.
Se está brincando e o coleguinha fala alguma coisa que ele não gosta, chora.
Será que essa criança está precisando aprender que as dificuldades devem ser resolvidas com conversas, usando palavras, e não lágrimas e choros?

A criança que parece um adulto

Essa criança sabe fazer muita coisa sozinha (vai um pouco além das outras crianças da turma). Fala bem quando já tem idade para isso. Costuma se destacar na sala. É uma graça ver a atuação desses pequenos. Na roda de conversa só dá ela.
Só temos que tomar cuidado para não ofuscar os outros. Temos que saber dar espaço para todas as crianças, criando oportunidades para que todas se expressem. 

A criança "ligada no 220"

Esse costuma dar trabalho, rs.
Raramente obedece. Sai correndo em momentos inapropriados , bate nos colegas, entre muitas outras coisas. 
É sempre bom procurar entender o porquê essas crianças são agitadas. 
Também não vamos rotular. 
Será que é apenas falta de limites? Uma boa conversa com os pais pode ajudar.
Será que pode ser uma criança com necessidades especiais?
Será que é apenas uma falta de habilidade da professora de lidar com aquela criança? (Sabia que isso é muito comum? às vezes procuramos tantas desculpas e é simplesmente uma falta de habilidade que adquirimos com o tempo)

A criança amorosa

Essa criança geralmente é muito grudada com o professor. 
Gosta de beijar, abraçar. 
Muitas vezes faz isso com os coleguinhas também.

A criança distraída 

Fica pouco tempo no momento da conversa. 
No momento das refeições, até começa a comer, mas se distrai logo. Daí fica brincando com a comida, brinca com os colegas e por aí vai. 
Quando o professor chama, ele geralmente é o ultimo pois até os coleguinhas precisam chamar.  

A criança fashion

Aquela que sempre vai pra escola toda estilosa. Um penteado diferente, uma roupa mais arrumadinha. Apesar de sempre pedirmos aos pais mandarem as crianças com roupas mais velhinhas e confortáveis para que possam brincar e até se sujar, sempre tem um que vai todo estiloso.



Será que esqueci de algum?
Se você lembrar, deixe aqui nos comentários. 

Mas graças a Deus cada criança é única e aprendemos muito com elas. 
É uma profissão trabalhosa, mas as crianças nos dão muita alegria. 


Abraços à todos.
Lu Fernandes Pedagoga




Fonte: Portal do governo do Acre

Nossa postagem de hoje é continuação da postagem da semana passada, lembra? 

Você vai precisar baixar o livro digital do MEC Clique aqui para acompanhar junto comigo o raciocínio dessa postagem. 
Vamos por a mão na massa?

Projetos

Como percebeu, no livro tem relato de projetos para várias faixas etárias. 
Vamos focar na educação infantil, mas se entender o que está por trás de cada projeto, conseguirá aplicar em qualquer faixa etária.
Escolhi apenas um projeto para exemplificar aqui. A faixa etária escolhida é de 6 anos. Mas se quiserem que eu escreva sobre outros projetos e faixas etárias desse livro digital, é só deixar aqui nos comentários ou então na minha página. 


A GAMELEIRA (Pág. 7)

Quando se trata de plantas, qual a forma mais comumente escolhida pelos professores para pensar num projeto?
Dia da árvore ou da primavera. 

Ou então o professor conclui: As crianças gostam muito de natureza. Então vamos trabalhar o projeto natureza, ou projeto meio ambiente, certo?

Observe aqui que a escolha foi estudar 1(uma), apenas uma árvore especifica. Já pensou nisso? 
Mas por que essa árvore? Será que a professora pesquisou na internet uma árvore diferente, achou essa e pensou...: "acho que as crianças vão gostar"?
Ou então a professora achou importante trabalhar a natureza e procurou na internet um projeto pronto sobre GAMELEIRAS?
Não, não, não!

É aqui onde se justifica um projeto.
A justificativa não deve ser pega de um livro com frases lindas prontas. Não.
Deve ser realmente o MOTIVO que justifica a realização daquele tipo de projeto. 
O motivo pela qual ele seria importante de verdade para a turma.

Nesse caso, as crianças estão no ACRE. E o trajeto que as crianças fazem tem uma árvore que passa despercebida da maioria e as crianças nem imaginam o valor histórico dela. E a árvore faz parte da comunidade.
O projeto portanto, proporcionará um maior conhecimento da própria região onde moram e a valorização dela. Mas observarão durante o projeto que não se trata apenas de uma valorização da natureza e sim de tudo que envolve essa árvore. 
Podemos dizer que a árvore foi o disparador para o desenrolar do projeto.




Claro que a professora também observou se a faixa etária já teria condições de absorver essas informações. O mesmo projeto não seria viável para crianças de 2 anos por exemplo.

Para começar a professora precisava descobrir o que as crianças sabiam sobre a gameleira. Qual a escolha?
Será que foi sentar as crianças em roda e começar a fazer perguntas?

Olha só como costumamos ver em alguns lugares:
Professora pergunta: "Crianças, já viram aquela árvore da praça?
Crianças respondem em coro: "Ssssssiiiiiiimmmmmmm"
Professora pergunta: "Alguém sabe o nome dela?
Crianças respondem em coro: "Nnnnnnaaaaaaooooooo"

Alguém aí consegue me explicar por que essa forma de investigação não é eficaz?

Bem, a forma escolhida pela professora foi levar as crianças até o local onde fica a árvore e provocar alguns questionamentos. Ela precisava descobrir o que as crianças sabiam sobre o assunto. 
Mas atenção!
Nada de perguntas onde as respostas já estão incluídas.
São perguntas que fazem com que as crianças pensem e falem aquilo que elas sabem. É provocar as falas das crianças e não apenas receber conhecimento que a professora trouxe.

Muito interessante que em uma das etapas de descobertas, foi pedido que as crianças registrassem aquilo que viram no passeio.
Muito provavelmente a professora conseguiria observar através do desenho o que ficou de importante para cada criança. 

Ela não disse: "Crianças, agora vamos desenhar A ÁRVORE"
O que ela estaria fazendo se pedisse isso?
Estaria podando a criatividade e expressividade da criança. Seria uma atividade muito restrita e direcionada. Não mostraria o que realmente a professora precisa saber.

Você pode estar aí se perguntando: "Mas será que pedir para desenhar a árvore é uma atividade errada?" 
A resposta é... Não necessariamente. 
Tudo vai depender do contexto e.... Observe bem o que vou dizer...

CADA ATIVIDADE DEVE SER METICULOSAMENTE PENSADA PARA SABER SE REALMENTE ALCANÇARÁ O OBJETIVO NECESSÁRIO. UMA BOA ATIVIDADE COLOCADA NO MOMENTO ERRADO NÃO ATINGIRÁ SEU OBJETIVO.

Então... naquele momento a professora ainda estava na fase de investigação. Quer uma excelente forma de descobrir, observando o  que as crianças registraram ali no desenho? 
Se eles registrassem mais o colega ou a mãe ou um cachorro que passou, a professora pode fazer as adaptações necessárias no decorrer do projeto.
Então, juntando as informações das conversas informais com os desenhos, a professora já conseguiria ter um direcionamento do início do projeto. 

Outras observações externas

Observaram que as pesquisas não ficaram concentradas apenas dentro da escola? 
Foram ao Museu, à biblioteca. Além de conseguirem colher informações concretas do que precisavam, a professora conseguiu inserir a importância das visitas à esses locais. Talvez as crianças nunca desenvolvessem o gosto de passear em lugares assim se não fosse essa intervenção escolar. 

Outra estratégia usada pela professora - teatro

Mas que tipo de teatro? 
Perceberam que antes, ela pesquisou personagens principais que asseguraram ao Acre a condição de Estado?
Os teatros nas escolas são comumente usados para representar muitas datas comemorativas. Formas muito descontextualizadas.

No caso desse projeto, ele foi muito bem colocado num contexto. Tem tudo a ver com o projeto e as crianças conseguiram aprender e registrar na mente de uma forma mais lúdica quem são os personagens principais da historia do Acre. Eles se transformaram nos personagens. 

As crianças fizeram outras visitas à Gameleira mas agora acompanhadas de um Guia da Secretaria do patrimônio histórico. 
Será que essas etapas foram planejadas em cima da hora, de qualquer jeito. Com certeza não.
Não daria certo. Não alcançaria o objetivo.
Por isso a importância de pensar em cada etapa com cuidado.
O tipo de informação que as crianças obtiveram com o guia é bem diferente daquela da biblioteca ou do museu. 

E as entrevistas programadas com moradores que moram perto da praça onde fica a árvore? 
A professora proporcionou para as crianças diversas formas de obter conhecimento. 
E observe também que as crianças foram estimuladas a formular perguntas de acordo com a curiosidade deles e não com o que a professora achava importante. 
Isso é colocar as crianças como protagonistas do conhecimento.

O projeto deve ser interdisciplinar

Certo.
Mas como fazer isso na prática?
A professora aproveitou todo esse conhecimento, para ensinar como fazer paródias, poesias, textos. 
Imagine o conhecimento construído: O que é uma paródia? O que é uma poesia? Qual a diferença entre eles? 
As crianças foram estimuladas a criar esses registros, mas não assim simplesmente do nada. Estava mais uma vez contextualizada no projeto. 

E o envolvimento dos pais? 

Perceberam que eles estavam ativos em todo o projeto? Isso também não é de uma hora pra outra. 
Com certeza foi necessário toda uma elaboração de como envolver os pais. Isso faz muita diferença no objetivo final. 
Mas os pais não iriam participar só porque a professora pediu. Isso requer um grande planejamento ou então tudo vai por água abaixo.
O apoio da escola é fundamental para que um projeto tão grandioso tenha suas etapas realizadas. Se a coordenação e direção não estão acompanhando de perto tudo que está envolvido, fica muito difícil para a professora sozinha.

Agora leiam com cuidado o objetivo do PROJETO GAMELEIRA ali no final da explicação na página 11. 
As crianças se sentiram parte da história do Acre. 
O que acham? Será que o objetivo foi alcançado?

Na página 12 vemos também no que a escola acredita. Se tem uma visão clara dos seus objetivos, os projetos que envolverão as crianças sempre trarão conhecimentos relevantes.  



Conseguiu perceber as diferenças de um projeto pego da internet de um projeto planejado de acordo com as necessidades da criança, trazendo conhecimentos relevantes?

Espero que tenham gostado.
Qualquer dúvida, entre em contato através de nossa página  (clique aqui).


Abraços, 
Lu Fernandes Pedagoga





Muitos profissionais ainda sentem uma grande dificuldade em montar um projeto com as crianças.
E quando a dificuldade aperta, mas são cobrados pela coordenadora pedagógica para mostrar qual sua ideia de projeto, acabam pegando aqueles modelos prontos na internet ou nos livros de coleções.

Esses projetos geralmente levam algum conhecimento sim para as crianças, mas num geral não estão ligados a nenhum contexto realmente importante para eles naquele momento.

Podem ter certeza que isso faz uma grande diferença.


Tenho certeza que muitos professores até já leram várias matérias sobre como fazer um bom projeto. Mas na hora de realmente olhar para as necessidades das crianças e montar, conseguem colocar em prática?

Mais uma vez olhando o site do MEC, me deparei com um material muito bom que traz excelentes ideias de projetos.

Por que esses projetos foram escolhidos?
O que faz deles bons projetos?

Essa semana sugiro que baixem o material e confiram os projetos.


Próxima semana faremos uma análise de alguns desses projetos para descobrirmos o que fez com que fossem projetos premiados.

Está sofrendo com seu TCC? A solução está aqui

O segredo de passar em concursos públicos - Descubra como consegui, com apenas 22 anos, ser aprovado E NOMEADO em 8 concursos federais

Não deixem de passar por aqui na próxima semana, ok?

Quer saber mais?
Entre em contato através de nossa página (clique aqui)


Abraços
Lu Fernandes Pedagoga












De todo o tempo que estou na área da educação, sempre ouvi vários professores dizendo que SIM, valorizam o trabalho das crianças. Dizem que as crianças são protagonistas.
Mas e na prática? Será que isso é real?
Infelizmente ainda temos muitos colegas de trabalho que por anos repetem as mesmas atividades fazendo apenas pequenas adaptações de uma atividade aqui, outra atividade ali...

Vamos ver algumas que são corriqueiras e que poderão te fazer rever seu cotidiano escolar?


Quando você faz um planejamento sobre obras de arte

Bem, a ideia é maravilhosa.
Quais os artistas mais escolhidos nas escolas?
Talvez Miró, Tarsila do Amaral, Romero Britto.
O professor fez aquele super planejamento onde as crianças terão muito contato com obras de arte, o que traz um bom conhecimento cultural para os pequenos.
Mas, uma (ou até mais)  das atividades é: Fazer uma grande cópia de uma das obras na cartolina ou no papel pardo e pedir para as crianças pintarem, seja com guache, giz de cera, lápis de cor... ou até mesmo rasgar pedacinhos de papel para colar dentro do desenho.
E agora? Será que os desenhos e a criatividade da criança estão sendo valorizados?

Quando você faz um mural

Boa parte das escolas utilizam murais. 
Murais de festa junina, da primavera, ou outros eventos.
Mas o mural é feito pelas crianças ou para as crianças?
Boa parte diz que são feitos pelas crianças. 
Mas será que os detalhes já foram planejados pelo professor? 
O professor faz um desenho gigante do casal dançando a festa junina onde as crianças só pintam? 
Ou então aquele mural da primavera cheio de flores e árvores recortadas pelo professor. E ele ainda diz: Olha, é pra colar AQUI.
Tudo isso para que o mural fique bonito, perfeito aos olhos dos adultos.
E para ter "carinha de criança", o professor coloca várias fotos dos rostos das crianças dentro das flores.

Quando são feitas lembrancinhas para datas comemorativas

O professor diz: Vamos dar um lindo presente para a mamãe, ou papai.
Como será essa lembrancinha?
Será aquela cópia de desenho tirado da internet e distribuído igual para todas as crianças, mudando apenas as cores de lápis de cor usadas por elas?
Será que esse desenho está representando a individualidade da criança, de acordo com sua família?
Ou então o professor planeja uma lembrancinha com materiais recicláveis. 
A ideia seria ótima se não fosse o seguinte...
O professor faz praticamente toda a lembrancinha para que ela fique esteticamente bonita. Quando tem um toque da criança, o professor diz exatamente onde a criança deve pintar, ou marcar. 
De quem é a lembrancinha: da criança ou do professor?


Está sofrendo com seu TCC? A solução está aqui



Será que você se identificou com pelo menos uma dessas práticas acima? O que acha dessas práticas? Será que é assim que deve ser?

O que nos mostram os documentos




"... Entretanto, imagens abstratas ou renascentistas, por exemplo, também podem ser mostradas para as crianças. Nesses casos, há que se observar o sentido narrativo que elas atribuem a essas imagens e considerá-lo como parte do processo de construção da leitura de imagens. É aconselhável que as crianças realizem uma observação livre das imagens e que possam tecer os comentários que quiserem, de tal forma que todo o grupo participe. O professor pode atuar como um provocador da apreciação e leitura da imagem. Nesses casos o professor deve acolher e socializar as falas das crianças". (RCNei vol.3, pág 103).

Geralmente, a ideia de apresentar obras de artes para as crianças tem como um de seus objetivos ampliar o repertório gráfico deles. As obras de arte, sejam elas pinturas ou esculturas, devem ser mediadores. A ideia não é reproduzir as obras e sim que as crianças criem suas "obras", seus desenhos, usando elementos que aprenderam com aquele artista ou arte específica. 

"... É importante considerar, ainda, o percurso individual de cada criança, evitando-se a construção de modelos padronizados..." (RCNei vol.3 pág 98)

Quando construímos modelos padronizados? Quando usamos os mesmos modelos de flores ou árvores ou obras de arte para todas as crianças pintarem como se aquela fosse a unica forma correta de representar esses ( e outros) elementos.
Quando lemos as histórias onde as princesas, bruxas são todas iguais sem que haja um estimulo à imaginação das crianças de como seria uma princesa ou uma bruxa para elas, e não as representadas pelos filmes. 
E ainda mais uma vez entregamos um desenho para todos pintarem.

"... é comum que os adultos façam grande parte do trabalho, uma vez que não consideram que a criança tem competência para elaborar um produto adequado..." (RCNei vol.3 pág. 87)

O olhar de muitos adultos ainda é de que os rabiscos das crianças são feios, incompreensíveis e é necessário que o professor direcione tudo para que fique "bonito". Será? 

Esses e outros muitos trechos no Referencial Curricular nos trazem ótimas reflexões sobre nossas práticas.

Queremos mesmo valorizar as atividades das crianças? 

Sei que existem algumas situações em que atividades xerocadas (cópias iguais) são necessárias. 
Mas o educador deve ter muito claro quais são seus objetivos, suas expectativas com relação às crianças e a faixa etária que atende. 


Quer saber mais?
Entre em contato através de nossa página (clique aqui).


Abraços,
Lu Fernandes Pedagoga











Esse ano você assumiu um grupo de berçário e está sem ideias de atividades para fazer com as crianças.
Já sabemos que os bebês precisam de experiências, vivências. Mas quais?
Vamos ver o que já dizia o RCNei nas páginas 69 à 71 , tão antigo e atual:

"Recursos materiais entendidos como mobiliário, espelhos, brinquedos, livros, lápis, papéis, tintas, pincéis, tesouras, cola, massa de modelar, argila, jogos os mais diversos, blocos para construções, material de sucata, roupas e panos para brincar etc. devem ter presença obrigatória nas instituições de educação infantil de forma cuidadosamente planejada. Os materiais constituem um instrumento importante para o desenvolvimento da tarefa educativa, uma vez que são um meio que auxilia a ação das crianças. Se de um lado, possuem qualidades físicas que permitem a construção de um conhecimento mais direto e baseado na experiência imediata, por outro lado, possuem qualidades outras que serão conhecidas apenas pela intervenção dos adultos ou de parceiros mais experientes. As crianças exploram os objetos, conhecem suas propriedades e funções e, além disso, transformam-nos nas suas brincadeiras, atribuindo-lhes novos significados. Os brinquedos constituem-se, entre outros, em objetos privilegiados da educação das crianças. São objetos que dão suporte ao brincar e podem ser das mais diversas origens materiais, formas, texturas, tamanho e cor. Podem ser comprados ou fabricados pelos professores e pelas próprias crianças; podem também ter vida curta, quando inventados e confeccionados pelas crianças em determinada brincadeira e durar várias gerações, quando transmitidos de pai para filho. Nessa perspectiva, as instituições devem integrá-los ao acervo de materiais existentes nas salas, prevendo critérios de escolha, seleção e aquisição de acordo com a faixa etária atendida e os diferentes projetos desenvolvidos na instituição."

Observe também as fotos da página 70 do RCNei. Como são os espaços e os brinquedos?
Coisas da natureza, do real, do cotidiano. 

São dicas baseadas no entendimento atual do aprendizado das crianças.  
Nada de entregar um desenho na cartolina para o bebê pintar com o giz de cera. Não! Você não verá essas dicas aqui.

As crianças vão realmente EX-PE-RI-MEN-TAR,  DES-CO-BRIR.
Chega de blá, blá, blá. Vamos lá?

Tintas comestíveis


Queremos que os bebês conheçam muitas cores e texturas. Mas só pensamos no guache.
Chega de usar apenas guache. 
E ainda tem a preocupação com o que as crianças colocam na boca.
Seus problemas acabaram, rs.

CLIQUE AQUI para ver as sete ideias de tintas comestíveis para os bebês - do blog Tempo Junto

CLIQUE AQUI para se inspirar nessa ideia de obra de arte literalmente comestível - do Early Learning Toys

Texturas com materiais simples

Como ter essas experiências de texturas diferentes? 
Existem vários livros, ideias de tapetes, que também são ótimos. Mas já viu essas ideias?

CLIQUE AQUI para utilizar essa ideia interessantíssima de textura - da Mamiblock

CLIQUE AQUI para organizar um espaço cheio de vida, cor e textura - do Espaço da Vila 

CLIQUE AQUI para ver ideias sensoriais para bebês - do Blog Tempo Junto

Elementos da natureza ou itens que temos em casa

Esses brinquedos são maravilhosos.
Talvez nós adultos não conseguimos perceber o potencial que materiais tão simples podem ter.
Então, vamos dispor nos espaços e aprender com as crianças.

CLIQUE AQUI para se inspirar nas ideias extremamente simples e enriquecedoras - do Ateliê Carambola



Agora, só pra você pensar um pouco sobre espaços com muito material artificial e poucos elementos da natureza, sugiro a leitura desse texto (CLIQUE AQUI) - do blog Conexão Planeta.

Depois de tudo isso, você terá ideias para o ano todo e com certeza aprenderá muito com as crianças.

Espero muito que goste.

Abraços,
Lu Fernandes Pedagoga