Com certeza você já esteve na internet pesquisando sobre como organizar uma sala de berçário: o que ter na sala, como desenvolver atividades que explorem todas as áreas do conhecimento, entre muitas outras coisas.

Pesquisamos tanto e aparecem tantas sugestões que às vezes nem sabemos quais aplicar ou como aplicar tudo que vemos. 

Por isso hoje quero deixar uma sugestão de leitura maravilhosa para todos os professores de educação infantil e para todos que estão envolvidos nessa área.

Ele é completo. Tem tudo que nós queremos saber sobre atividades com nossos pequenos. 
É o documento Brinquedos e Brincadeiras de Creches (clique aqui), disponível no portal do MEC.
Provavelmente na biblioteca de sua unidade tem alguns exemplares.

É um documento (ou livro) muito gostoso de ler. Traz sugestões bem práticas e com uma linguagem que nós da educação conhecemos bem. E claro, baseado nas leis e diretrizes.

Olhem só a explicação sobre ele no portal do MEC:

" Trata-se de um documento técnico com a finalidade de orientar professoras, educadoras e gestores na seleção, organização e uso de brinquedos, materiais e brincadeiras para creches, apontando formas de organizar espaço, tipos de atividades, conteúdos, diversidade de materiais que no conjunto constroem valores para uma educação infantil de qualidade.
O presente documento foi elaborado pelo Ministério da Educação, por meio da Secretaria de Educação Básica, visando atender ao estabelecido na Emenda Constitucional nº 59 que determinou o atendimento ao educando em todas as etapas da educação básica, por meio de programas suplementares de material didático-escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde e contou com a parceria do UNICEF."

Para quem não conhece, vejam algumas sugestões que o documento traz:

- Fala sobre os interesses de brinquedos  e as brincadeiras por faixa etária;
- Dá sugestões de quais brinquedos ter no nosso espaço;
- Explica sobre os tão falados brinquedos não estruturados;
- Traz sugestões de brinquedos e brincadeiras divididos por área do conhecimento, e ainda explica os objetivos;
- Os módulos II e III, mostra os brinquedos e brincadeiras adequados, desde bebês que ainda ficam apenas deitados até as crianças de 3 anos e 11 meses;
- Tem figuras ilustrativas e as explicações da postura correta para conversar com as crianças em determinadas situações;
Enfim amigos, é um documento muito completo.


Sugestões de estudo


Se você ainda não leu, recomendo fortemente que faça isso. Ele é ótimo tanto para quem está começando na educação infantil, como para quem já está há muito tempo na área e precisa se atualizar. 
Se você é professor, faça uma leitura por módulos. Estude-o a fundo. Leia todas as partes e procure entender o objetivo. Observe os exemplos. Imagine como aplicar em sua sala. 
Se você é Coordenador Pedagógico use esse documento nos momentos de estudo realizado no CEI ou escola. Separe trechos, vídeos na internet que se relacionam com o tema, faça discussões com o grupo para chegarem na melhor forma de aplicar as sugestões dadas. 
Com esse documento em mãos, vocês tem uma grande parte do trabalho pedagógico num único lugar e explicado de uma forma muito simples. 
Espero que tenham gostado dessa sugestão e façam muito proveito dessa ferramenta.  

Abraços, 
Lu Fernandes Pedagoga







Muitos colegas Coordenadores Pedagógicos tem a seguinte dificuldade: 
- "Como faço para melhorar a visão de educação dos meus professores. Eles não trazem novidades para as crianças. Não exploram seus potenciais e só vejo mais do mesmo".

Bem, eu gosto muito de pesquisar e assistir documentários e filmes que criam uma pulguinha atrás da orelha e me fazem pensar que eu ainda não sei de nada, rsrs.

Numa dessas pesquisas encontrei um link que dizia: FILMES PARA REPENSAR A EDUCAÇÃO.
Resolvi assistir a alguns para saber se eu estou indo no caminho certo, ou se tenho que me redirecionar. 

Amei demais o filme COMO ESTRELAS NA TERRA e já escrevi sobre esse filme (clique aqui). Tenho certeza que ele pode te ajudar a começar a repensar a educação com seu grupo de professores.

E agora, assisti um documentário maravilhoso chamado QUANDO SINTO QUE JÁ SEI - clique aqui. Foi produzido pela Despertar Filmes e nos traz novos olhares sobre o que é educação. 

Pensei então em fazer essa matéria te dando algumas sugestões para usar numa parada pedagógica e mexer com seu grupo. 
Como sempre falo, não quero que faça aquele famoso modelo tradicional do copie e cole, e sim espero que as sugestões levantadas aqui te tragam ideias para adaptar na sua Parada Pedagógica com seu grupo. Fique a vontade para modificá-la como achar melhor tendo sempre um objetivo muito claro do que quer alcançar.

Parada Pedagógica


Vamos lá?
Geralmente uma parada pedagógica dura um dia inteiro. Vamos supor que seja de 8:00 às 17:00.
Então eu vou dividi-la da seguinte forma.

Após um café para receber a equipe...

8:45 às 9:00 - Reflexão

Uma brincadeira, ou uma reflexão que tenha ligação com o tema que quer abordar. Eu acredito que as dinâmicas, brincadeiras, rodas ou outros, sempre devem ter ligação com o principal tema do dia. 
Então, em um momento de reflexão, pergunte a cada professor como seria a escola ideal para os filhos deles. Não para as crianças que atendem, não! Mas para os filhos.
Anote num papel que ficará num lugar bem visível o dia inteiro.  
Outra sugestão seria usar um trecho do documentário. Peça para cada professor dizer o que acha da seguinte frase: "As crianças são como uma página em branco, onde devemos escrever um belo livro".
A sugestão é a mesma: Anotar cada ideia e deixar em um lugar visível. 
Pensei ainda em outra sugestão: Talvez se você coordenador conseguisse arrumar algo bem antigo para "trabalhar" com os professores nesse dia (talvez um rolo - papiro - e uma caneta bico de pena, ou um computador 286, um disquete flexível - lembra deles? rsrsrs) sei lá, algo assim. No inicio da parada pedagógica diz para eles que hoje todos vão utilizar esse objeto o dia inteiro. Muito provavelmente os professores te darão uma aula de modernidade dizendo que não se usa mais essas coisas e explicarão todos os motivos possíveis. Você pode anotar essas argumentações num papel que ficará visível o dia todo. 

Com essas perguntas você, enquanto coordenador consegue fazer uma pequena avaliação de como seu grupo pensa a respeito da educação. Esse levantamento te ajudará tanto nos direcionamentos que você precisará fazer no decorrer do dia para alcançar seu objetivo, como também te ajudará em atividades posteriores como por exemplo, tema para o grupo de formação continuada (clique aqui para ver a matéria sobre formação continuada)

Diga que hoje é dia de pensar nas práticas pedagógicas. Pode dizer também que muitas vezes nós temos que estar abertos para perceber que precisamos avançar no nosso entendimento sobre o que é trabalhar com educação visando sempre a  nossa prática. Muitas vezes isso pode ser um trajeto mais fácil para alguns e mais doloridos para outros, mas que com o apoio e colaboração de todos, isso é possível. 

9:00 às 10:30 - Assistir o documentário QUANDO SINTO QUE JÁ SEI

Prepare o grupo. Eu Luciana, gosto muito de preparar algumas perguntas de reflexão para os professores pensarem sobre elas no decorrer do vídeo. Isso ajuda para que o objetivo principal não se perca com comentários que só desviariam do foco principal. 
Então você pode entregar para cada um uma folha para que façam suas próprias anotações. 
Exemplo de perguntas:

1- No vídeo Simone André diz: "Um médico do século 20 NÃO conseguiria fazer uma cirurgia numa sala de cirurgia do seculo 21. Por quê? E um professor do século 19 conseguiria dar aula numa sala do século 21? Por quê? O que essa reflexão te traz de questionamentos?

2- O que te chamou atenção nos modelos de educação apresentados no vídeo? Por quê?

3- As mudanças apresentadas foram conquistadas rapidamente? Que falas no vídeo podem apoiar sua resposta?

4- Pergunta pessoal (não ligada diretamente ao video) - O que você mais gostava de fazer na escola em sua época de estudante? E o que menos gostava? Por quê? 

Acredito que essas quatro já são suficientes, senão pode virar um momento só de perguntas e respostas e não é isso que queremos.

10:30 às 10:45 - Pausa para um café, beber água, alongar as pernas, rs.

10:45 às 12:00 - Momento de discussão

Esse é o momento onde as opiniões serão faladas e mediadas por você. Ouça o que cada um colocou, o que cada professor pensa e por que pensa daquela forma. Procure entender o trajeto de vida e o trajeto pedagógico de cada um. Isso nos faz entender muito sobre aquele professor. 
Não deixe que vire um bate boca. Sempre redirecione para o ponto principal. 
Faça levantamentos dos pontos que considera mais importantes e anote num papel que estará visível a todos ou num caderno seu mesmo. 
Você pode escolher conduzir por pergunta ou de uma forma mais generalizada sobre as anotações que fizeram. 
Tenho certeza que esse bate papo vai render muuuuiiiittttoooo. 
Tenha claro que em determinado momento, você pode pedir ao grupo fazer um levantamento de ações que são feitas na escola e que reproduzem um modelo copiado e passado de geração em geração à décadas e talvez séculos. 
Com certeza esse momento exigirá uma autoanálise muito grande. Não será fácil admitir. 
Caso demorem pra se manifestar, tenha suas cartas: uma lista de atitudes que acontecem na escola e podem ser repensadas. Não traga práticas que você acha que devem ser repensadas, mas sim aquelas que tem base teórica para discussão. 
O próprio vídeo traz algumas sugestões:
- Formas de conduzir a aula dentro de um "quadrado" com um aluno atrás do outro;
- As regras da hora do recreio;
- Professor detentor do poder e crianças que precisam aprender, ouvindo a sabedoria do professor;
- entre muitas outras que poderíamos elencar e que o RCNei vol. 1 também nos dá suporte, como as práticas de reprodução de desenhos estereotipados, sem deixar a criança se expressar através de seus próprios traços, ou então enfeitar os espaços da escola utilizando as  habilidades manuais dos professores e escondendo quem são os verdadeiros protagonistas do espaço. Use esse texto da Revista Avisa lá pra te dar mais um embasamento - clique aqui.

12:00 às 13:00 - Almoço

13:00 às 13:45 - Retomada da pauta

Nesse momento, traga alguns pontos que ajudarão o professor a refletir se estão precisando de mudanças ou não. 
Um ponto que achei muito interessante foi a fala do Alessandro Bigheto no documentário, ainda no começo do vídeo, onde ele diz que "foi desenvolvida muita teoria, muitas ideias educacionais interessantíssimas mas que pouca coisa foi realmente colocada em prática". Use a frase para fazer um levantamento com os professores de onde estão registradas e quais são algumas delas. 
Sugiro aqui que separe para a equipe os livros do MEC que estão na escola (clique aqui para saber quais são alguns deles) e claro não posso deixar de sugerir meu querido RCNei. Deixe pré selecionado alguns trechos dos livros para vocês discutirem nesse momento. 
Depois dê uma tarefa à eles. Divida em grupos e cada grupo vai sugerir algumas mudanças que SIM, são possíveis realizar agora e que eles farão na sala deles com os grupos deles. Dê um tempo para discutirem e anotarem as sugestões baseados nos livros do MEC e no vídeo.
Para motivá-los a mudar apesar das dificuldades e barreiras, antes de se separarem em seus grupos, repasse o trecho do vídeo em 50:13 (minutos) onde a professora fala de seu aprendizado profissional, passando pela outra fala de que em vários lugares, muitas pessoas sempre colocam dificuldades e terminando com os dois coordenadores de oficina que falam que muita coisa só depende do professor. 52:49 (minutos).

13:45 às 15:15 - Grupos refletindo

Passe pelos grupos para saber se estão com alguma dúvida ou dificuldade.

15:15 às 15:30 - Pausa para um café, beber água, alongar as pernas


15:30 às 16:45 - Apresentação dos grupos

16:45 às 17:00 - Fechamento com pequena avaliação verbal de cada professor da pauta do dia.

Retome as primeiras falas que foram anotadas e ficaram expostas ao longo do dia. Será que algo mudou? 


Vídeo MA-RA-VI-LHO-SO não é mesmo?
E eu, espero ter te ajudado um pouquinho com algumas ideias. Sei muito bem como é difícil ser Coordenadora Pedagógica e como é importante dividir ideias com colegas de profissão. 
Depois me conta se a matéria te ajudou de alguma forma na escola. Vou ficar feliz. 

Abraços,
Lu Fernandes Pedagoga


Obs: Essa experiência é baseada exclusivamente no olhar do Coordenador Pedagógico, apesar de sabermos que o apoio da direção é fundamental para que as mudanças aconteçam. 

Novo CEI, novo desafio.
As Paradas Pedagógicas aconteciam normalmente - uma vez no mês, durante todo o dia. 
Mas as dúvidas das professoras ainda eram inúmeras. Só as paradas pedagógicas não supriam. 
Além disso, algumas práticas também mereciam uma reflexão maior.
Mas quando fazer isso? Em que tempo?
A rotina era corrida e não tínhamos um momento para conversar sobre as dificuldades. 

Por onde começar?

Iniciei pelos cadernos. Lia o caderno de avaliação de todos os grupos semanalmente. E não eram poucos cadernos não..... Isso levava horas... Gostava de prestar atenção em cada linha escrita e refletir no que estava escrito ali.
Procurava escrever os pontos positivos que estavam caminhando de acordo com a linha pedagógica do CEI, mas também colocava pontos que poderiam ser revistos. As teorias estudadas na faculdade e os bons sites também estavam sempre perto para dar base pedagógica às colocações. Queria que elas também refletissem sobre os pontos colocados. 
Eu enquanto Coordenadora, também não sei tudo (que bom) estamos sempre aprendendo. Quando ficava em dúvida sobre o que ou como escrever uma observação, pesquisava muito e lia muito. 

Percebi um retorno gigantesco das professoras. Planejamentos e avaliações que eram feitos uma vez por semana, uma vez no mês e em alguns casos nem existiam, se transformaram em avaliações diárias e ansiedade para chegar o dia de pegar o caderno e ver o que a coordenadora escreveu. 
Os planejamentos, avaliações e as práticas estavam melhorando, estavam acontecendo mais reflexões.
Mas muitas dúvidas ainda persistiam e outras surgiam.

Como suprir mais essas necessidades?

Em que momentos pesquisar mais profundamente sobre os assuntos trazidos pelos grupos de crianças para tornar as atividades mais ricas em informações?
Em que momento inserir essa prática na rotina para não perder a qualidade? 
Era necessário organizar momentos de estudos e planejamentos além da parada pedagógica mensal.   

Realmente a reflexão existente em vários livros pedagógicos, entre eles o Referencial Curricular Nacional da Educação Infantil (RCNei) mostram o quão importante é ter um momento dentro da rotina para os professores planejarem e um momento para a famosa formação continuada, reflexão. 

O trecho do RCN nas páginas 67 e 68 que destaca a importância desse momento é esse aqui:

Essa matéria da Revista Nova Escola amplia os olhares sobre a formação continuada.

Esse desafio foi bem grande. Abrir dois espaços dentro de uma rotina totalmente ocupada. 
Passei vários momentos analisando a quantidade de professoras titulares, a quantidade de professoras de apoio/volante e a distribuição dos grupos de crianças. As rotinas eram muito apertadas e estava quase saindo fumaça da minha cabeça, RS RS. 

Até que o primeiro modelo de planejamento e estudo saiu. Agora era tentar convencer as professoras de que aquilo era importante e que deveríamos colocar em prática. 
Aparentemente seria uma tarefa fácil afinal todo professor concorda que precisa ter um tempo pra planejar e um tempo para estudar, refletir sobre a prática. Só que tem um detalhe importante: quando se trata de mexer numa rotina já engessada e cada um ter que ceder um pouco para as mudanças funcionarem, a coisa é tão fácil assim. 

Conversei muitas vezes com a equipe em grupos ou em particular. Separei textos para dar base teóricas da importância daqueles momentos. E claro, procurei não desistir nas primeiras dificuldades. Bem, elas vieram mesmo. Quando uma professora faltava o planejamento não acontecia. Algumas professoras começaram a reclamar que estava ficando sobrecarregado aqui e ali. A cada obstáculo colocado e cada dificuldade levantada, procurava observar o que talvez era uma necessidade de um empenho maior por parte da equipe e o que realmente precisava ser revisto. 

Acabamos chegando em outra rotina de estudos e planejamentos

Eu estava decidida: achar um jeito desses momentos funcionarem. Mas as opiniões de toda a equipe foi fazendo com que os momentos fossem reformulados até conseguirmos chegar num comum acordo e fazer todas perceberem que aquela não era uma ideia temporária da coordenadora e que logo aconteceria menos e depois esquecida. Não! 
Deveria se tornar parte da rotina. A cada "esquecimento" eu estava ali para lembrar que era para acontecer. Não foi fácil, mas com o passar dos meses o resultado foi maravilhoso. Que orgulho! Agora as professoras conseguiam sair da sala pelo menos 1 hora na semana para pesquisar no computador do CEI, discutir e planejar com as companheiras.. enfim. 
E agora também tínhamos 1 hora na semana, pequenos grupos organizados de acordo com as faixas etárias, estudo sobre assuntos que elas mesmo davam as dicas do que estavam precisando pelos relatórios dos cadernos. 

E continuamos...

Talvez ainda fosse pouco. Será que poderíamos melhorar? Claro que sim. Sempre temos o que melhorar. Mas o primeiro obstáculo foi vencido. Esses momentos foram estabelecidos como rotina do CEI. E a importância da colaboração de toda a equipe para que todos conseguissem usufruir desses momentos também foi notada. 

Você já tentou criar os momentos de estudos e planejamentos no seu CEI? 
Está com dificuldades? 
A tarefa não é fácil mas planeje bem e não desista. Fundamente-se bem. 

E claro que não serve apenas para CEI, mas também para EMEI, escola.  
Se precisar, mande uma mensagem. Tentarei colaborar com minha experiência.

E para quem tem boas experiências para contar, deixe aqui nos comentários. Pode ajudar muito nossas colegas.

Obrigada, 
Lu Fernandes Pedagoga

Você já falou essa frase?
Já teve companheiros de trabalho que falaram?

Ah! Tem outra frase pra complementar: "Quem tem que fazer trocas de fraldas é a volante/apoio". 

Acontece muito na Educação Infantil, principalmente nos CEIs. 
Resolvi fazer essa postagem por conta de experiências pessoais (e muitas).

Muitas vezes, imaginamos que vamos fazer pedagogia e .... PLIM!!!!
Vamos ensinar as crianças a ler e escrever.
Pronto! É isso que um pedagogo faz.

Você pensa assim? 
Vamos conversar um pouco e analisar se você precisa rever seus conceitos.

Ensinar é muito mais que ler e aprender


Se decidimos fazer pedagogia, sabemos que podemos trabalhar com crianças de poucos meses de idade no CEI. Por que um bebê está num CEI (Centro de EDUCAÇÃO infantil)?
Ora, ele é um ser humano em desenvolvimento e precisa aprender. E aprender muito! 
No convívio familiar e escolar eles estão o tempo todo aprendendo novas coisas sobre as situações que os rodeiam.

Todos nós pedagogos já ouvimos as famosas palavrinhas EDUCAR E CUIDAR.
O que é esse Educar e Cuidar?


"...as instituições de educação infantil incorporem de maneira integrada as funções de educar e cuidar, não mais diferenciando nem hierarquizando os profissionais e instituições que atuam com as crianças pequenas e/ou aqueles que trabalham com as maiores." e 

"Educar significa, portanto, propiciar situações de cuidados, brincadeiras e aprendizagens orientadas de forma integrada e que possam contribuir para o desenvolvimento das capacidades infantis de relação interpessoal, de ser e estar com os outros em uma atitude básica de aceitação, respeito e confiança, e o acesso, pelas crianças, aos conhecimentos mais amplos da realidade social e cultural."

Essas duas características estão profundamente ligadas uma à outra. 
Como um professor, pedagogo pretende ensinar sem cuidar?

Se o EDUCAR também é propiciar situações de cuidado, trocar as fraldas não seria então uma situação de cuidado?
Oque o bebê aprende no momento das trocas de fraldas?

Vamos alistar algumas coisas: 
- A criança começa a perceber o que é estar limpo ou sujo e a valorizar ficar limpo;
- Cria uma relação de confiança entre o adulto e a criança;
- Permite um contato mais prolongado e individualizado com a criança;

É possível até incluir na rotina, um projeto institucional bem planejado sobre essa etapa de necessidade das trocas de fraldas até o desfralde.

Olha só essas duas sugestões maravilhosas da Revista Nova Escola


Essa fase é tão importante e está tão ligada ao nosso fazer pedagógico, que o O RCN nº 2, págs. 58 e 59 tem um tópico só sobre esse assunto.

Olha que sugestão interessantíssima ele nos traz:

"Enquanto executa os procedimentos de troca, é aconselhável que o professor observe e corresponda aos sorrisos, conversas, gestos e movimentos da criança."

Então cuidar da Troca de Fraldas faz parte do trabalho de educar os bebês no CEI.
Essa fase de poder cuidar desses pequeninos é tão gostosa!
Devemos valorizar muito o privilégio de fazer parte do desenvolvimento deles desde tão pequeninos. 

Espero que tenham gostado da matéria e esclarecido algumas dúvidas.

Tem alguma experiência pra contar e compartilhar?
Deixa aqui nos comentários.

Abraços,
Lu Fernandes Pedagoga